Na calçada empedrada
Da rua onde mora a luxúria
Mora ao lado a inveja
Acutilante
Onde o seu mesquinho
E asqueroso olhar
Observa com cobiça
Corpos em desvario lascivo
Onde a luxúria se impõem.
Ah, inveja impiedosa
Que mordes os lábios
Ranges os dentes!
Dás murros no chão.
Descansa, megera asquerosa
Podes ferver e rugir
Na rua por onde tu passas
Cuspindo inveja aos molhos
Pois a gente que lá passa
Tem de ti, tamanho nojo
Ninguém te presta atenção.
(Gil Moura)
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