sábado, 11 de dezembro de 2010

Soneto 17

        
    Se te comparo a um dia de verão
         És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão

E o tempo do verão é bem pequeno.


Ás vezes brilha o Sol em demasia

Outras vezes desmaia com frieza;

O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.



Mas em ti o verão será eterno,

E a beleza que tens não perderás;

Nem chegarás da morte ao triste inverno:



Nestas linhas com o tempo crescerás.

E enquanto nesta terra houver um ser,

Meus versos vivos te farão viver.

William Shakespeare

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